sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Temperatura global pode subir 4,8ºC até 2100


O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPCC na sigla em inglês, divulgou nesta sexta-feira (26) um novo relatório que aumenta o grau de certeza dos cientistas em relação à responsabilidade do homem no aquecimento global.

Chamado de "Sumário para os Formuladores de Políticas", o texto afirma que há mais de 95% (extremamente provável) de chance de que o homem causou mais de metade da elevação média de temperatura registrada entre 1951 e 2010, que está na faixa entre 0,5 a 1,3 grau - a edição anterior falava em mais de 90%.
O documento apresentado em Estocolmo, na Suécia, em conferência científica realizada ao longo desta semana, mostra também que o nível dos oceanos aumentou 19 centímetros entre 1901 e 2010, e que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso aumentaram para "níveis sem precedentes em pelo menos nos últimos 800 mil anos".
O novo relatório diz ainda que há ao menos 66% de chance de a temperatura global aumentar pelo menos 2 ºC até 2100 em comparação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900), caso a queima de combustíveis fósseis continue no ritmo atual e não sejam aplicadas quaisquer políticas climáticas já existentes.
Os 259 pesquisadores-autores de várias partes do mundo, incluindo o Brasil, estimam ainda que, no pior cenário possível de emissões, o nível do mar pode aumentar 82 centímetros, prejudicando regiões costeiras do planeta, e que o gelo do Ártico pode retroceder até 94% durante o verão no Hemisfério Norte (veja abaixo uma tabela com os eventos climáticos possíveis, segundo os cientistas).
Trata-se da primeira parte de um conjunto de dados que servirá de base para as negociações climáticas internacionais. A última versão saiu em 2007, quando o estudo rendeu ao painel de especialistas o Prêmio Nobel da Paz. O primeiro capítulo divulgado nesta sexta, de um total de três, aborda A Base das Ciências Físicas. As demais partes serão publicadas em 2014.
IPCC - arte (Foto: G1)
Aquecimento quase certo
Os cientistas tratam como fato o aumento médio de 0,85 ºC na temperatura global entre 1880 e 2012 e que é "muito provável" que desde 1950 houve redução de dias e noites mais frios e aumento de dias e noites mais quentes em todo o planeta.

A temperatura da superfície do oceano teve aumento de 0,11 ºC por década entre 1971 e 2010, e a água marinha está mais ácida, fator que pode prejudicar o ecossistema.
Um ponto considerado polêmico do documento, o chamado "hiato" da mudança climática, foi mantido. O trecho explica que houve uma "desaceleração" no aumento da temperatura global entre 1998 e 2012, com taxa de aquecimento de 0,05 ºC por década, enquanto que período entre 1951 e 2012, essa taxa era de 0,12 ºC. Para o IPCC, esta desaceleração sentida não significa uma mudança de curso no aquecimento do planeta.

Ao avaliar quatro cenários de emissões de gases, o IPCC fez previsões de que até 2100 a temperatura no planeta pode aumentar entre 0,3 ºC e 1,7 ºC (no cenário mais brando, com menos emissões e políticas climáticas implementadas) e entre 2,6 ºC 4,8 ºC se não houver controle do lançamento de gases-estufa.
O relatório aponta também que é forte a evidência de que as camadas polares e glaciares do Ártico e Antártica têm perdido massa de gelo e reduzido sua extensão oceânica.
O texto diz que são "altamente confiáveis" as informações de que a Groenlândia e a Antártica perderam massa de gelo nas últimas duas décadas e que já há migração de ecossistema terrestre para áreas onde o frio predominava (e não havia chance de sobrevivência da maioria dos tipos de vegetais).
"O mais importante é que o gelo fora da região antártica continua com ritmo acelerado de derretimento e, principalmente, as geleiras não polares (encontradas em montanhas) continuam a reduzir rapidamente e a contribuir para o aumento do nível do mar", explicou o glaciologista brasileiro Jefferson Simões, um dos revisores da parte que aborda as massas de gelo do planeta. "Agora nós temos muito mais dados e um detalhamento maior, que possibilita que as previsões sejam corrigidas", complementa.
Maior emissão de gases
Um dos dados apresentados pelo IPCC aponta que foi registrado um aumento de 43% na forçante radiativa entre 1985 e 2011. A forçante radiativa é um índice que estima impactos climáticos causados pelo desequilíbrio entre as radiações solares absorvidas pela Terra e o calor devolvido pelo planeta à atmosfera, aquecendo-a. Essa troca de energia equilibrada garante uma temperatura global estável.
No entanto, uma maior emissão de gases e aerossóis pelo homem por conta de queimadas, desmatamento e queima de combustíveis fósseis (principalmente CO2) tem elevado a forçante e, consequentemente, retido uma maior quantidade de calor no planeta.
Segundo Paulo Artaxo, físico da Universidade de São Paulo e um dos coautores do capítulo divulgado, o aumento representa a elevação das concentrações de gases de efeito estufa "que continuam a subir rapidamente".

Mares mais altos
De acordo com o IPCC, é muito provável que o nível do mar aumente no século 21 em todos os cenários de emissões estudados pelos cientistas. A elevação seria causada pelo aumento do degelo na região da Antártica e do Ártico.

No cenário mais brando, em que há corte de emissões e políticas climáticas, o nível do mar pode subir entre 26 centímetros e 55 centímetros até 2100. Já no pior cenário, com altas emissões de gases-estufa e não cumprimento de regras para a redução delas, o nível do mar aumentaria entre 45 centímetros e 82 centímetros.
O IPCC faz a previsão também de que 95% da totalidade do oceano tem probabilidade alta de aumentar o seu nível e que 70% das regiões costeiras do planeta sofrerão com o avanço do mar.
"É importante salientar que algumas regiões do globo podem ter aumento maior que este e outras regiões aumentos menores, pois este valor é uma média global", afirma Artaxo.
Credibilidade em xeque
Vazamento de e-mails com conversas entre autores, debatendo possíveis exageros presentes no relatório, ou até mesmo erros cometidos, como a conclusão de que as geleiras nas montanhas do Himalaia derretiam mais rápido do que as outras do mundo e "poderiam desaparecer até 2035, ou antes" - dado que o IPCC considerou um "lamentável erro" - levantou um debate sobre a credibilidade da instituição.
O fato alimentou a opinião de céticos em relação às mudanças climáticas. Mas, para cientistas brasileiros envolvidos na elaboração do documento e ouvidos pelo G1, foram problemas pontuais que não diminuíram a "confiabilidade científica" do painel.
"Houve uma mudança na forma de trabalhar, os capítulos foram enviados para revisão internacional. Esperamos um grande impacto deste relatório nos formuladores de políticas", afirma José Marengo, pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre, ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O pesquisador, que é um dos editores do capítulo divulgado, duvida que a confiabilidade científica do texto do IPCC tenha diminuído. "O fato de que há críticos por aí não significa que está errado ou cheio de problemas", disse.
"A credibilidade não é colocada em dúvida por causa de questões menores perto de milhares de aspectos acertados no relatório. Sempre é possível que pequenos deslizes ocorram em qualquer tipo de trabalho, mas isso não tira o brilho de uma extensa análise feita por milhares de cientistas", afirmou Paulo Artaxo.
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O homem e o clima
As conclusões do novo relatório do IPCC sobre os eventos climáticos
Eventos climáticos
Já aconteceram mudanças?

O homem contribuiu para essas mudanças?
Probabilidade de que ocorram mais mudanças até o fim do século 21

Dias mais quentes ou menos dias frios na maioria das áreas terrestres
Muito provável

Muito provável
Praticamente certo

Aumento de ondas de calor
Média confiança

Provável

Muito Provável

Aumento de chuvas fortes
Provavelmente haverá mais áreas com aumento do que com diminuição. Muito provavelmente na América do Norte central

Média confiança*

Muito Provável

Aumento da intensidade ou duração das secas
Baixa confiança em escala global

Baixa confiança*

Provável (com média confiança)

Aumento na atividade de ciclones tropicais
Baixa confiança em mudanças de longo prazo*

Baixa confiança*

Mais provável que ocorra do que que não ocorra

Aumento do nível do mar
Provável

Provável*

Muito provável

* Expressa o nível de confiança dos cientistas, com base nas informações disponíveis e no grau de concordância entre os especialistas a respeito de cada tema

 Luana Flávia com G1





sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Maior vulcão do mundo pode ter sido encontrado no fundo do Pacífico

Chamado de Tamu Massif, ele tem tamanho próximo ao das ilhas britânicas.
Vulcão se formou há cerca de 145 milhões de anos e está inativo.




Uma pesquisa apresentada por cientistas de pelo menos seis universidades afirma ter identificado o maior vulcão "solitário" já registrado no planeta.
Chamado de Tamu Massif, ele faz parte de uma grande estrutura montanhosa no fundo do Oceano Pacífico, formada entre 130 e 145 milhões de anos e localizada a cerca de 1,6 mil quilômetros a leste do Japão.
O Tamu Massif tem tamanho próximo ao das ilhas da Grã-Bretanha e é quase tão grande quanto vulcões extintos de Marte, de acordo com os pesquisadores. Eles afirmam que o vulcão se formou há cerca de 145 milhões de anos e se tornou inativo alguns milhões de anos após surgir.
O estudo detalhando o vulcão foi publicado na revista científica "Nature Geoscience", nesta semana. O Tamu Massif tem cerca de 310 mil km² e é muito maior do que o Mauna Loa, no Havaí, considerado o maior vulcão ativo do mundo, que mede 5,2 mil km² aproximadamente.
"Nós demonstramos que o Tamu Massif é um imenso e solitário vulcão, formado por fluxos de lava massivos que emanam do seu centro para formar um escudo amplo e largo", dizem os cientistas na pesquisa.
Por mais de 20 anos o Tamu Massif tem sido estudado pelo professor William Sager, da Universidade de Houston. No entanto, até agora, não estava claro se ele era um conjunto de vários pontos de erupção ou um só vulcão.
Ao reunir informações de várias fontes, incluindo amostras de material do centro do vulcão e dados coletados em navios de pesquisas, os cientistas confirmaram que a grande massa basáltica que forma o Tamu Massif veio de erupções de uma só fonte.
Vulcão tipo escudo
"O Tamu Massif é o maior vulcão único tipo escudo já descoberto na Terra", disse Sager, em entrevista à Universidade de Houston. "Pode haver vulcões maiores, porque há grandes formações ígneas pelo mundo afora, como o planalto Ontong Java. Mas não sabemos se origem dessas formações é um só vulcão ou um complexo de vulcões", ponderou o pesquisador.

O Tamu Massif difere de outros vulcões submarinos não apenas pelo tamanho, mas pela sua forma. Ele é baixo e largo, o que indica que a lava de suas erupções deve ter corrido por distâncias mais longas, em comparação com outros vulcões da Terra. Há milhares de vulcões sob os mares, afirmam os cientistas.
"Ele não é alto, mas é muito extenso", afirmou Sage. "Nós sabemos que é um grande e imenso vulcão 'construído' a partir de fluxos massivos de lava. Nós não percebemos isso antes porque 'planaltos oceânicos' são formações enormes escondidas sob as águas", refletiu.

Luana Flávia com G1

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Núcleo da Terra tem temperatura de 6.000ºC, segundo pesquisa


Núcleo da Terra é muito mais quente do que se pensava


Cientistas europeus afirmaram esta quinta-feira que uma nova experiência em laboratório demonstrou que o núcleo da Terra provavelmente está muito mais quente do que há 20 anos.

Não significa que o centro ferroso do nosso planeta tenha aquecido, ao contrário, mas a técnica usada para estimar seu calor anteriormente falhou, afirmaram cientistas em artigo publicado na revista Science.


Novas técnicas permitiram a especialistas do Laboratório Europeu de Radiação Síncroton (ESRF, na sigla em inglês) determinar que a temperatura perto do centro da Terra seria de 6.000 graus Celsius.


Isso é cerca de 1.000ºC acima da estimativa do experimento realizado por cientistas alemães em 1993.


Cientistas analisam o núcleo do planeta, onde temperaturas extremas e pressões geram um centro duro de ferro, enquanto o ferro que o cerca a temperaturas mais baixas, de 4.000 graus centígrados, se mantém em estado líquido.


"Desenvolvemos uma nova técnica onde um intenso feixe de raios-X do síncroton pode sondar uma amostra e deduzir se é mais sólida, líquida ou parcialmente fundida em apenas um segundo, em um processo conhecido como difração", afirmou Mohamed Mezouar, do ESRF.


"E é suficientemente rápido para manter a temperatura e a pressão constantes, e ao mesmo tempo evitar qualquer reação química", acrescentou.


Acredita-se que a técnica de raios-X seja superior à técnica óptica usada pelo alemão Reinhard Boehler, que reportou um resultado cerca de 1.000 graus menos quente, baseado na observação da recristalização, que foi interpretada como fusão.


"Estas medições confirmam modelos geofísicos segundo os quais a diferença de temperatura entre o núcleo sólido e a camada que o cerca deve ter pelo menos 1.500 graus para explicar porque a Terra tem um campo magnético", afirmou a equipe francesa ao comentar suas descobertas.

terça-feira, 2 de abril de 2013

terça-feira, 26 de março de 2013

Out Party em Sousa/PB dia 20 de Abril

Dia 20 de abril em Sousa/PB o Sol vai aparecer pra curtir a balada mais esperada do Sertão. 

> Out Party Sunny Edition:

13 horas de festa, 7 Dj's, muuuuita música eletrônica, piscina, área VIP, open bar de Vodka*, mesa de frutas*.

. Dj Lemory
. Dj Marcello Novotny
. Dj Lhy Luck
. Dj Italo Webber
. Dj Allef Spencer
. Dj Raizen
. E.Mind

E pensa que acaba por aqui? Não mesmo. Temos uma surpresa pra vocês. Coladinho com a Sunny Edition teremos...

> Moonlight After Party

Mais 4 horas de festa, 2 dj's, mais fritação, mais badalação.

. Dj Lu Sky
. Dj Ed Oliver

Diversão garantida pra você. Com o melhor em iluminação, sistemas de som e segurança.

* Os itens marcados estarão disponíveis somente na Área VIP.

> Preço das entradas de 1º LOte

Open Vodka (V.I.P.)
R$ 50,00

Simples
R$ 25,00

Os ingressos estarão disponíveis a partir do dia 13 de março.



domingo, 17 de fevereiro de 2013

DJ LU SKY na "OUT PARTY Sunny Edition"

Informações a respeito da Moonlight After Party. 

De início nós iríamos realizar apenas a Pool Party, mas devido aos incontáveis pedidos (e o meu desejo desta festa não ter fim) resolvi que haveria sim uma after.

Detalhes:

1. A Monnlight After Party será realizada no mesmo local da Sunny Edition. Não haverá necessidade de sair do local em nenhum momento. Encerra-se uma festa, inicia-se a outra.

2. Mesmo sendo no mesmo local, a Moonlight será praticamente uma outra festa. Os Dj's da after tocarão em um outro ponto do local. A estrutura será alterada, bem como iluminação e temática geral. Essa transição será algo de encher os olhos.

3. A partir do momento que a Moonlight começar, a área VIP será excluída e TODOS estarão juntos para curtir a after. A área VIP foi criada para a Sunny Edition e os flayers mostram isso. Desse instante em diante, todo o consumo deverá ser pago.

4. Não haverá outro ingreso para a Moonlight. Comprou seu ingresso da Sunny Edition? Garantiu sua diversão na After.

5. Como o próprio nome sugere, a Moonlight será uma After um pouco diferente das que vocês estão acostumados. Será noturna, inspirada no luar, com uma temática mais dark e sombria. Teremos a Lua como nossa companheira na After.

6. A Moonlight terá, no MÍNIMO, 04 horas de duração.

Aproveitem...



Confiram um dos set's de Lu Sky:

https://hotfile.com/dl/194859304/f53d16d/DJ_LU_SKY__SETMIX_CELEBRETION__Dez._2012.mp3.html


  Vai menina Lua, extraía da vida o melhor... Dê cabeçadas por intuição, nem toda cabeçada é maldita... Vá entender!!! Nem todo acerto acres...